17.12.15

Sol a pino



Pisarei em minha sombra inteira
E a quero assim mínima
Dominada e presa
Sem oferecer resistência

Será mantida sob vigilância contínua
Submissa e calada
Sairá daqui arrastada
Para que não se desprenda

E por todo o tempo que me restar de vida
Serei um caramujo errante
Levando comigo toda a existência
Em busca de paz na consciência

Não ficarão registros na memória ou vestígios
Que possam alimentar mágoas e desavenças
Carregarei até o tempo comigo
Começando agora mesmo por este meio-dia de quinta-feira

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