31.8.17

Cell phone


Who could wait
That a device
Developed
For those who are far away
To approach
Today serve more
For those close up
Move away?

30.8.17

Espero


Que el mismo fuego de la pasión
Que un día ablandó tu corazón
Ha generado suficiente calor
Para remodelar a tu mente
Y hacer evaporar de ella
Las ideas
Que te alejaron de mi
Y que has llegado a aceptar
Como inmutables y perenes

29.8.17

Gozo e sofrimento


Quem diria

Cada qual foi rei
Em seu momento

Mesmo que só por um dia

Vão-se os amores
Fica a poesia

28.8.17

Esta noche


Sin dejarte partir
Una vez más
Te ahogo en la bebida
Para conseguir dormir

25.8.17

No intentes alejarme


Conectar la televisión
Abrir el periódico
Darme la espalda
Cerrar los ojos
Fingiendo dormir
Quando nos acostamos
No tienes como huir
Quiera o no
Si me aceptaste en nuestra cama
Es porque estoy dentro de ti
Así como estás dentro de mí

24.8.17

Por trás desta tua alegria extrema


Mora uma tristeza
Mantida prisioneira
Num quarto com janelas altas
Porta reforçada
Trancada tal alcova de princesa

Isolá-la do mundo
Não a fez desaparecer
Acendeu-lhe a revolta e deixou-a mais atenta
Na primeira oportunidade que teve
Escapou usando de toda a sua destreza

E agora livre e fora de controle
Não deixará de usar os poderes acumulados
E pelos anos de exílio forçado
Executará seus planos de vingança
Carrega a certeza que de seu carcereiro não terá pena

23.8.17

Afirmavas com propriedade


- Minha matéria é lenhosa e nobre!
E assim justificavas a tua inflexibilidade

Pode ser até que naqueles tempos isso fosse uma verdade
Orgulhosa, constituías uma corte, cercada de outras árvores
Não tinhas mesmo motivo para te curvares

Mas veio o desmatamento avassalador
Que a deixou isolada no fundo do vale
E seguiram-se ventos de várias intensidades
Até que um mais forte fez tombar sua magestade

Teu desaparecimento foi rápido
Começou assim que ao chão chegaste
Serviste de alimento para decompositores vorazes
E para a relva, planta sem nenhuma notoriedade
Mas munida de raízes insaciáveis

22.8.17

Mais um inverno que nunca termina


A lareira é uma boca escura e oca
Minhas mãos inúteis e perdidas
Não mais te acham para receber minhas carícias
O aroma frutado e ressequido da borra de vinho
Ainda ressente no fundo da única taça agora vazia
Não há cobertas que me bastem
O frio me invade pela espinha
Anestesia os sentimentos
Embaça as memórias
E a tudo paralisa

21.8.17

Pessoas peixe


São prisioneira do meio
E mesmo que tangenciem a superfície
Visualizem o outro lado
Identifiquem que lá há uma outra realidade
Precisam permanecer submersos
Na segurança de seu mundo aquático
Porque sabem que fora dele
A morte é certa
E o destino de seus restos
Pode ser dramático

18.8.17

La legge che ci rende umani


Non permette di scegliere

Amare
Ci vuole
Per preservare la specie
Per preservare la specie
Ci vuole
Amare

17.8.17

Sentia tua estranha presença


Dentro de mim todo o tempo.
E incomodado com isso
Tratei de te procurar
Em alguns de meus endereços.

Percorri memórias
Pensamentos
Regiões do prazer
Os cantos mais sombrios e estreitos.

E sem conseguir te encontrar
Quanto já estava quase para desistir
Eis que te reconheço escondida
Vestida e disfarçada com alguns de meus melhores sentimentos.

Precisei ser firme neste momento
Para conseguir te olhar de frente
Constatar que não tinha mais saudades
E que não havia mais qualquer envolvimento.

E assim como o fim de um encantamento
Desfizeram-se de vez as fantasias
E foi possível encerrar
Este difícil capítulo de minha vida

16.8.17

Ci sarà sempre


Meno barche
Che mari a navigare

Meno sogni
Che notti a sognare

15.8.17

Memória é fato


Saudade é sentimento
Presença na ausência
Encontrar dentro
O que pode estar fora
Faz tempo

Filme de época
Catalogado e arquivado
Mas exibido no presente
Estaremos sempre no enredo
Fiquemos tristes ou contentes

14.8.17

Sugiro


Desprezar limites
Eliminar resistências
E mergulhar de vez nesta história
Para valer a pena
E ter do que se lembrar
Agora é definitivo
Nosso tempo é ínfimo
Esse amor já tem hora pra acabar

11.8.17

Reservemos o coração


Todo o carinho e dedicação
Quando regalados com nossas presenças
E não nos cobremos mais amor
Nem soframos por qualquer dor
Só por não conseguirmos evitar nossas ausências

10.8.17

Quando


O mais simples seria
Dizer não e partir

Complico tudo ficando
E dizendo sim

Acho que tenho um mórbido prazer
Em confundir

9.8.17

Hace mucho tiempo


Dejé de preocuparme
Con las religiones
Vida después de la muerte
Cielo o infierno
Existencia de dios o del demo

Para mí son sólo conceptos
Que no me afectan
Creo que sólo tienen sentido
Para quien busca fuera de sí
Un motivo para seguir viviendo

Y justificar su efímera presencia
En este mundo injusto e imperfecto
Imaginando que serán recompensados
En una situación futura
Ya que aquí amargaron sufrimientos

8.8.17

Quel genre d'amitié est-ce?


Ami qui est un ami
Antecipe
Participe
Est préoccupé

Voulez savoir
Entends
Il est disponible
Accueille

Amitié pour suvivre
Il doit être cultivé
Mais ne devient un concept
Une idée vide

7.8.17

Afortunadamente dimos por finalizada


Una historia que ayer
Se interrumpió debido a una separación de caminos
Y pensamos no terminada
La llevamos por un largo período de nuestras vidas
Creyendo que las carreteras un día acabarían cruzadas

Y si eso era lo que faltaba
Su comprensión definitiva
Ahora no falta nada más
Se completó el ciclo
Es el final de una jornada

Una historia que no tiene más sentido
Fuimos ingenuos, incluso ridículos
No somos más los mismos
Por eso, independientemente de nuestros antiguos sentimientos
Desde aquel tiempo ya debería haber sido considerada acabada

3.8.17

Seulement maintenant je comprends


Comment vous me connaissez mal
Et je ne vous blâme pas pour cela
Parce que je n'étais pas transparent
Ne me suis pas exposé
Suffisamment
Mais je vous demande
Est-ce vraiment vous aviez
Intérêt sincère?

2.8.17

L'amour


Il n'y a pas seulement parce que
Quelqu'un a écrit
Paroles sont paroles
Que seul ne veulent rien dire
Pour exister, ils doivent être soutenus
Ce qui leur donne un sens
Le vrai sentiment

Mesmo uma pedra


Áspera e angulosa
Pode ter sua rispidez atenuada
Seja pelo tempo
Ou se uma camada de musgo
Macia e visgosa puder acobertá-la

Mas ainda que amansada
De sua natureza primária
Não deixará de ser pedra
Densa e pesada

Capaz de virar arma
Ferir ou até matar
Bastando que seja arremessada
E com precisão atinja
A vítima a ser derrubada