22.8.17
Mais um inverno que nunca termina
A lareira é uma boca escura e oca
Minhas mãos inúteis e perdidas
Não mais te acham para receber minhas carícias
O aroma frutado e ressequido da borra de vinho
Ainda ressente no fundo da única taça agora vazia
Não há cobertas que me bastem
O frio me invade pela espinha
Anestesia os sentimentos
Embaça as memórias
E a tudo paralisa
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