9.12.15

No meu refúgio eu não mando nada



Eu sou só mais um
A luz autoritária
É quem regula todo este mundo

Dia é dia, noite é noite
Isso não se negocia
São os bichos que me ensinam a não duvidar

Lá o breu é tão profundo
Faz o corpo ceder ao peso do escuro
E se impõe até me fazer aceitar

E quando amanhece
O clarão numa pressa desenfreada
Inunda cada canto da casa

Me expulsa da cama
E sem ter como desobedecer
Só me resta levantar

Agradecendo por não ter como interferir
E deste autêntico modo de viver
De alguma forma ainda poder participar

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