Eu sou só mais um
A luz autoritária
É quem regula todo este mundo
Dia é dia, noite é noite
Isso não se negocia
São os bichos que me ensinam a não duvidar
Lá o breu é tão profundo
Faz o corpo ceder ao peso do escuro
E se impõe até me fazer aceitar
E quando amanhece
O clarão numa pressa desenfreada
Inunda cada canto da casa
Me expulsa da cama
E sem ter como desobedecer
Só me resta levantar
Agradecendo por não ter como interferir
E deste autêntico modo de viver
De alguma forma ainda poder participar
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