17.8.09

O rancor


(para Elisabeth Veiga)

Ataca pelas costas
E no escuro

Trabalha meticulosamente
Parasitando a vítima
Até secar-lhe as entranhas

Quando finalmente se vai
Deixa um corpo
Quase morto
Que precisa de tempo
(E ajuda)
Para curar as feridas
E seguir
Se as sequelas não forem muitas

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