27.7.09

O que trago no peito


(para Roberto Marinho de Azevedo)

É um grande vazio
Um buraco imenso

Tento preenchê-lo
Com palavras
Que de outros verteram

Montanhas de páginas
Não raro desperdiçadas
Lágrimas que se evaporam ainda na face

Mas quando um bom poema encontro
E me serve de luva
A cratera se enche
Retomo o pulso
Agradeço ao amigo
E dispenso-lhe o ombro

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