
(para Roberto Marinho de Azevedo)
É um grande vazio
Um buraco imenso
Tento preenchê-lo
Com palavras
Que de outros verteram
Montanhas de páginas
Não raro desperdiçadas
Lágrimas que se evaporam ainda na face
Mas quando um bom poema encontro
E me serve de luva
A cratera se enche
Retomo o pulso
Agradeço ao amigo
E dispenso-lhe o ombro
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