1.3.13

Não se pode calar o amor que vive



Tente amordaçá-lo
Asfixiá-lo
Prendê-lo num cofre blindado
Tente confiná-lo no passado
Mesmo assim ele respira
Escapa
De algum modo se faz ouvir
E grita

Só se pode calar o amor
Quando por decepção se esgota
Assim morre de verdade
Não ressuscita
E o cadáver
Precisa ser recolhido e sepultado
(Rápido)
Antes que apodreça na mágoa
Vala comum dos desesperançados

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