24.3.10
Como a mais bela das musas
Ela se apresenta docemente
Dizendo-se virgem e pura
Do amante entorpece a mente
Em névoas de sonho aromas e brancura
Só se reconhece em perigo
Quando com ela se deita
Pois consegue ver com espanto
Os pés caprinos sob o longo lenço
Que lhe cobre a irretocável silhueta
E quando com a boca
Ela busca a sua boca num feroz repente
Percebe já tomado pelo pavor
A podridão do hálito sepulcral
Que invade o ambiente
Foge em desespero
Desvencilhando-se de amarras e visgos
Busca uma saída para o pesadelo
Enquanto ainda pensa estar vivo
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