16.9.09

Os últmos versos que escrevi


(para J. Antônio d'Ávila)

A mim não pertenciam

Fiz do papel um barquinho
Como os de quando menino
E soltei-os no riacho

No princípio vagaram perdidos
Até a correnteza
E só aí acharam um sentido

Acompanhei-os até a última curva visível
Depois dela apenas podia ouvi-los
Ecoando em uníssono

Um saudoso canto
Na distância seguindo

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