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(para Fernando Ferreira de Loanda)
Com meus escritos
Ao vento
E observo
Como podem ser
Livres
Meus pensamentos
Algumas folhas
Esbarram nos vincados rostos
Dos passantes apressados
Caem ao solo
Se colam no asfalto
E gravam lá seus mais íntimos conteúdos
Outras são repetitivamente marcadas
Destituídas de sentidos
Pelas digitais emborrachadas
De pneus presbiopes
As últimas
Serão levadas pela enxurrada
Até que o mar as receba
E e as dissolva
Letras soltas
Em solo arenoso
A instruir
Seres abissais
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