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Do ponto em que paramos
Decorridos vinte e cinco anos
É como se nunca nos tivéssemos interrompido
Palavras e sentimentos
Outrora tão ousados
Impulsivos
Continuam intensos
Vivos
Mormaço e torpor foram quebrados
Minhas artérias há muito colabadas
Receberam um súbito sopro
Devolveram vida aos territórios
De superfícies craqueladas
E nós aqui
Outra vez frente a frente
Agora como sobreviventes
Desatando amarras
Reduzindo lastros
Teríamos mantido igual sentimento
Se juntos
Por tanto tempo tivéssemos permanecido?
Não me importa a dúvida
O fato é que me sinto vivo
E ter de novo esta certeza
Traz de volta um alívio
Um prazer de dever cumprido
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