9.2.17

Tenho sede


Procuro por tua boca desesperadamente
Mas não vejo água por perto
E ainda há todo um deserto para atravessar

Sigo ciente de que não posso parar
E me esforço para manter isso em mente
Poupando forças e aprendendo a me controlar

Quem me avisa do perigo iminente
É a sombra faminta do abutre
Que me visita repetitivamente sem me tocar

E planando calmamente
Nas térmicas ascendentes
Espera o melhor momento para atacar

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