13.9.16
Quero que as palavras que tinha para te dizer
Fiquem cada vez mais volumosas
Tão imensas que me parem na garganta
E não possam ser pronunciadas
Tão pesadas
Que a gravidade me force a degluti-las
A processá-las nas entranhas
E ressignificá-las
Que ao me obrigar a colocá-las para fora
Pelo lado oposto das ofensas mundanas
Já estejam irreconhecivelmente desarmadas
Mesmo se submetidas a uma revista detalhada
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