15.3.16

Quando foi que te abandonaste de vez



Voaste sei lá para onde
E passaste a existir apenas em mim?
Creio que hoje armazeno a memória do teu ser
Algo como uma cópia de segurança
Um backup de tudo que foste ou ousaste fazer

Mas o arquivo é fixo
O acesso criptografado
E impossível de ser mudado
Por mais que tenha os códigos
E já tenha tentado

Teu conteúdo infinito é difícil de abordar
Mal consigo saber por onde começar
Ninguém pode eliminar ou adicionar dados
Não há como imprimir ou compartilhar
É cápsula blindada no tempo e no espaço

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