24.2.16
De que me serve amar alguém
Se este ser é palmeira plantada
Em terras de além mar (ou mais além)
Se não existem embarcações
Que possam me levar
Se o sabor dos teus frutos
Não poderei mais degustar
E se as lembranças (mesmo sem querer)
Já começam a craquelar?
Preciso aceitar os fatos
Apagar a luz do farol
Descer do penhasco
E voltar de vez para o meu lar
Elevar os portões
Baixar a ponte sobre o fosso
E permitir que um outro alguém
Tenha como se aproximar
E assim quem sabe
Não desejarei mais emigrar
E numa rede atada nas palmeiras daqui
Eu possa enfim descansar
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Um comentário:
Nossa! me identifiquei muito com essa poesia!
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