20.10.15

Mas afinal



De onde vêm as palavras?
Vêm da apropriação
De tudo que vejo
Dos meus erros e acertos
Do mundo inteiro
Da vida

Da voz que me acorda
Às 3 da manhã e dita
Me obrigando a registrar
Com garranchos
E a cabeça confusa
O que afirma ser a obra prima

Gema preciosa e rara
Que às 7
Se revela ainda bruta
E à luz da razão
Já não aparenta mais
Ser tão perfeita e atrativa

Precisa ser lapidada e polida
Ganhar forma e brilho
Despertar algum encantamento
Sem esquecer que são só de palavras fluidas
E por isso não ter a ilusão
De que um dia será sólida e definitiva

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