5.9.14

Não quero mais que ponhas as mãos em minhas meias



Entendo que é uma forma de cuidado
Mas quando o fazes
Não sei por onde vagueia a tua cabeça
Ao formares as bolinhas
Não enxergas tamanho e cor
Como diferenças

Aí depois com os pés no chão
Na fria penumbra matutina
Não é raro encontrar
E até mesmo calçar
Preta com marrom
Grande com pequena

Prefiro que me agrades com outros mimos
Uma sopa quentinha no final de um dia difícil
Um cafuné oportuno se o sono não está vindo
Ou que tuas mãos me acordem no meio da noite
Com um toque delicado e vivo
Surpresa cheia de desejo e carinho

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