12.5.10

Sob a ponte


Duas almas solitárias
Pelo mundo esquecidas
Espectros errantes
Mas ainda vivas
Se encontram na busca de um abrigo

Agem por instinto
O silêncio
Lhes dita o rito
E num súbito repente
Seus corpos estão unidos

Compartilham calores assim juntinhos
E por instantes
Revivem um prazer genuíno
Familiar e distante
Que nem mais na lembrança podia ser sentido

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