29.5.10
28.5.10
500 abóboras
Em mais um de nossos momentos
27.5.10
Em Poços de Caldas
26.5.10
25.5.10
Custou-me esquecê-la
24.5.10
Enquanto amanhece
21.5.10
Imagino que
20.5.10
Nossos tempos verbais
Precisam ser sincrônicos
Conjuguemos então nossas ações
Aliando gramática e emoções
De um para o outro
Façamos como uma chamada oral
E vejamos se tudo continua igual
As histórias
Quando lembradas
No pretérito perfeito devem estar armazenadas
Os sentimentos
Ainda que pela rotina contaminados
No futuro do presente e presente do indicativo devem ser conjugados
Só saberemos se ainda somos unidos
Caso o pretérito-mais-que perfeito
E o futuro do pretérito forem preteridos
Se preferirmos gerúndio ao particípio
E se ao optarmos pelo modo imperativo
Que o usemos com delicadeza e companheirismo
Encerraremos satisfeitos esta sabatina
Se a primeira pessoa do plural
For o pronome pessoal preferido em nossas vidas
19.5.10
Tuas coxas
Nomes
Poeta
Usina
Que sorve o mundo na forma bruta
E do seu laboratório anímico
Devolve ao ar os perfumes mais finos
Rosas
Jasmins
Magnólias
Mas dependendo do substrato
Do controle do fogo
E tubos de ensaio
Outros odores poderão ser exalados
Vapores fétidos
Gases tóxicos
Compostos sulfurados
Exotermia química
Prevenindo estados catatônicos
Distimias
E atitudes covardes
18.5.10
O poeta mudo
17.5.10
Noite de insônia numa barraca de rua
14.5.10
13.5.10
Na cadeira
12.5.10
Sob a ponte
Duas almas solitárias
Pelo mundo esquecidas
Espectros errantes
Mas ainda vivas
Se encontram na busca de um abrigo
Agem por instinto
O silêncio
Lhes dita o rito
E num súbito repente
Seus corpos estão unidos
Compartilham calores assim juntinhos
E por instantes
Revivem um prazer genuíno
Familiar e distante
Que nem mais na lembrança podia ser sentido
11.5.10
10.5.10
7.5.10
6.5.10
Palavras
5.5.10
4.5.10
Epitáfio
3.5.10
Em alguns lugares
Por onde passei
Pioneiro de mim mesmo
Fui
Quando retornei
Pude constatar
Que nada restou do que plantei
As trilhas se apagaram
Arbustos cresceram
E as aranhas a tudo cercaram
Os que conheci
Morreram todos
Foram dizimados
De que me serve a vida sem um passado?
Se ruíram as pontes?
E meus bolsos estão furados?
Hoje não me encantam
Nenhum dos caminhos
Que me são apontados
Como uma cigarra
Terminarei aqui
No último suspiro do meu canto afogado
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