6.12.19
Chega o dia
E ainda na cama
Percebo a tempestade
Que se arma dentro de mim
Trazendo uma promessa de chuva
De imprevisíveis proporções
Segue o dia
A rotina anestesia meus sentimentos
O vento cessa
E as nuvens que eram densas e negras
Esvaziam-se
E clareiam
Chega a noite
Ainda há muita melancolia
Mas de tudo que havia
Apenas um chuvisco
Tímido
Se atreve a descer as colinas do meu rosto
Segue a madrugada
E pela janela do quarto eu vejo
Com os olhos estalados
A luz do poste fazendo brilhar o sereno
Que cai leve, continuo e em silêncio
Parecendo flutuar num breu imenso
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