3.5.17
Ela
Bebe demais
Fuma demais
Se droga demais
E anônima
Autômata
Mergulha na noite
Com a única intenção
De tentar preencher
Sua infinita solidão
Percorre caminhos malditos
Absurdos para qualquer cidadão
Alega que é necessário correr riscos
Diz que não tem opção
Precisa saber
Se o que sente é verídico
E se há sentido em manter esperança
De nem tudo estar perdido
Ou se vive mesmo imersa na ilusão
Já em alta madrugada
Depois de um ou mais encontros (inúteis) fortuitos
Com o andar cambaleante
As dores dos açoites
E o hálito ressentindo aos vícios
Retoma o rumo de casa
Carregando no peito
O já tão conhecido vazio
Acrescido de todos os superlativos
Cai na cama como alguém que agoniza
Dorme um sono sem fundo (quase defunto)
E como uma criança sonha muito
Mas seus sonhos não se relacionam com seus dias (são só fantasias)
Está cada vez mais convencida
De que a existência é um equívoco
Um labirinto sem saída
E que a vida é um erro de estratégia
Um desperdício de energia
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