20.1.17

Ele tem um coração imenso


E se orgulha muito disso, faz tempo.
Nele parece caber tanto amor, tanto sentimento
Que chega a se confundir
E não saber qual é o foco desse amor extremo
E até mesmo se existe ao menos um objeto definido
Que o tenha tornado assim um ser tão abnegado e perdido

É capaz, que por pura obra do acaso
Num dia qualquer, na rua, sem ser avisado
Seja com ele defrontado
E mal repare na sua presença
Quando reconhecê-lo de imediato
É o que seria esperado

Que acabe por desejar-lhe um bom dia
Até que bem educado
E que siga em seu caminho inabalável
Mantendo o olhar direcionado
Para onde sempre fez questão de manter
Esse seu incorrigível coração alado: o espaço

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