25.3.14

Perdoe



Pelo excesso de vínculo
Por ser dividido

Pela entrega sincera
A incapacidade da espera

Dias vem muito devagar
Dias vão rápidos demais

Quantas décadas
Ainda hão de escapar

Entre os dedos das mãos
Ao tentar espremer o amor?

Água que escorre e se perde
Não lava a face

Fluido que evapora sem um teto
Não tira das rugas o carvão

E frente ao espelho
Quando dentro dos olhos me olho

Vejo só elementos soltos
Diferentes contornos

Um flutuar aleatório
Sem possibilidade de união

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