Os poemas de amor
Cadernos imensos
Carregados nas tintas
Pois assim os senti
Assim os elaborei
Ficamos eu e os versos
E agora que há tempos
não estásDo lado de cá
Estas palavras tão densas
Insistem em viver
Querem respirar
A metade que arrancaste
De minha carne
Foi trancada numa malaDe minha carne
E com muita dor tive que vê-la partir
Não sei se ainda vive
E se ainda te faz companhia
Quisera notícias
Daquela parte que me foi
roubadaPreencher o oco que não cicatriza
Calar o eco eterno do meu choro
Que vaga por todos os meus cômodos
Como um mal assombro
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