16.9.13

Com a força



De quem se agarra a um galho
Na beira do abismo
Aperto a lâmina desembainhada da faca
E um espesso tapete se estende em meu leito

Me deito
E me lambuzo neste caldo viscoso

Me sento
E de vermelho cubro também o rosto

Preciso saber
O quanto de vida me resta aqui dentro
E se o que me preenche é o bastante
Para vestir por inteiro o que vejo no espelho

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