É injusto que o bom senso saia vitorioso
27.6.13
Não se esquece alguém por decreto
26.6.13
As nuvens estão paradas
25.6.13
Quanto vale um verso?
24.6.13
Quando se coloca o amor em dúvida
21.6.13
Provaste o teu amor
Descendo ao inferno
Me encontraste
Em condições indignas
Venceste os demônios
Que me infectavam
Que me infectavam
Feriste com gravidade
as mãos
Te queimaste
E sozinha
me carregaste
De volta ao mundo dos
vivos
Cuidaste de minhas
pústulas
Perdoaste as minhas
fraquezas
Me fortaleceste
E mais uma vez me
mostraste
O bom caminho a ser
seguido
E eu nem te agradeci
por isso
20.6.13
Meus rios de dentro
São instáveis
Heterogêneos
Que até mesmo a mim
Confundem e causam medo
Às vezes seguem lentos
São pacíficos regatosCom correntezas quase invisíveis
Verdadeiros lagos
Nele me vejo refletido
Sem distorções
Neste cenário me reconheço
E acalmo
Porém em outras vezes
Formam ruidosas cachoeiras
Acoitando as rochasFormam ruidosas cachoeiras
Armadas de toda a fúria e revolta
Ganhando espaço
Às custas de tudo que no entorno é mais fraco
Neste caso só há atalhos
Não há reflexos
Mas ainda vejo que sou eu
Protagonista deste inferno
E isso me deixa perplexo
19.6.13
O tempo lava o ser
Desde que o ralo tenha sido desentupido
Pelo arrependimento
Haja água suficiente
Para amolecer a maldade
Uma esponja de
consistência firme
Para esfregar as
máculas com sinceridade
Um bom sabonete
Com aroma de verdade
O banho dure tempo
suficiente
Para
fazer escorrer toda a sujidade
E
uma toalha felpuda e macia enxugue o corpo
Restaurando
de vez a dignidade18.6.13
Quando beijei-te as costas
17.6.13
Não te deixes aprisionar
14.6.13
A gente ouve
13.6.13
Não existe meio amor
12.6.13
Não faço sexo por obrigação
O belo não está no perfeito
11.6.13
Cena de cinema
Numa manhã fechada
Cinzenta e fria
Quando tudo parecia perdido
Um ipê abarrotado de
cor
Chovia seu roxo numa
ruaCujo único encanto era o tapete
Que se formava no seu entorno
Parada e bem agasalhada
Uma jovemCom um sorriso largo
Recebia no rosto este prêmio inusitado
Passei rápido
Não pareiNem fotografei
Tive medo de atrapalhar
Naquele momento tive a
certeza
E o privilégio de vislumbrarA verdadeira expressão da felicidade
Coisa que só o amor pode proporcionar
Algumas esquinas
10.6.13
Há dias em que a vida
Não prestigia a vida
Exige respeito às convenções
É enlouquecedor
Ação e paralisia
Gritos e silêncioE o aceite das contradições
Sempre acaba em sofrimento
A dor engorda
Ocupa os espaços
Se fortalece
Transborda
Vaza pelas janelas e
por debaixo das portas
Atravessa a calçadaNa sarjeta
Se transforma em enxurrada
Segue ladeira abaixo
Numa ensandecida
disparadaArrasta o indivíduo
Como um saco de lixo
E o abandona
Enroscado num bueiro
qualquerFerido e cansado
Triste e só
No meio do nada
Perdido longe de casaChorando
E clamando por resgate
7.6.13
Nesta noite tive febre
6.6.13
Se não houvesse entre nós tantas léguas
5.6.13
4.6.13
Naquela manhã
Gravaste o teu amor
Em cada objeto que eu pudesse tocar
As marcas deste
sentimento
Pouco a pouco
mudaram-se para as minhas mãosE me acompanharam ao longo do dia
Tua estratégia foi
perfeita
Não poderia haver
melhor presentePois cada vez que as via
Era indisfarçável a minha alegria
3.6.13
Ocupamos todo o terreno
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