5.1.11
Em que momento deixou-me a juventude?
Impossível sabê-lo
Talvez até nunca de fato comigo tenha estado
Sinto-me velho desde sempre
Quando olho para trás
Só vejo curvas e montanhas transpostas
Perdeu-se no caminho
Fixou morada em algum ponto da estrada
Mal tive tempo para despedidas
E de pedir-lhe que ao menos em pensamento
Vez ou outra me fizesse uma visita
Meu corpo já tão marcado
Passos lentos e sapatos desgastados
Espero mais um momento
Para diminuir o cansaço e seguir em frente
A névoa branca que inundou meus olhos
Torna-se a cada dia mais densa
Recebe-me como peça de um quebra-cabeças
Leito justo e acomodação perfeita
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