25.10.10
Hoje lembrei
Da luz de Veneza
Aquele fundo azul sutil e onipresente
Da doce garoa
Que nos acompanhava pelas vielas e praças
Da música que emergia dos becos
Vestia a atmosfera e nos embalava
Dos canais sinuosos
Recortados por pontes decoradas
Da poesia impregnada
Nas grossas paredes descascadas
Dos edifícios pés molhados
E portas enferrujadas
Do encantamento
Despertado a cada curva a cada passo
Da imersão inevitável
Num tempo que é outro
Da história palpável e viva que nos fez personagens
De uma fábula numa obra de arte
20.10.10
O teu olhar
14.10.10
Com a mente por demais saturada de outrem
Afoga-se em inúteis conceitos
E ideias confusas
Conclusões que não entende
Olhar que não vê
A vida que não é sua
Precisa promover o transbordo
Abrir espaço no corpo
Olhar para dentro
Agarrar seu momento
Sorvê-lo num gole único
Deixar que vá ao fundo
Que se infiltre em tudo
Reparar o solo com bom adubo
Observar os resultados sem pré julgamento
Aceitar desarmado os efeitos
Não ter medo de sofrer
Fazer crescer o discernimento
7.10.10
Há pontos em você
4.10.10
São rebeldes os nossos corpos
1.10.10
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