1.12.08

Os vegetais herdarão o planeta


A despeito do que falam os ambientalistas a espécie humana não caminhará sobre a superfície da terra por muito mais tempo e no futuro as plantas dominarão o mundo.
O reino vegetal é autônomo, tem suas próprias leis e age de forma implacável.
Outrora a crosta era tomada pelos saurópodes herbívoros gigantes, que além de consumirem uma enormidade de matéria vegetal também mantinham-se dominantes ao pisotearem grandes áreas durante seus cursos migratórios. Infelizmente foram extintos de forma trágica e o resultado foi inevitável. Passados uns poucos milênios lá estavam elas novamente, as plantas, com total controle da situação.
Hoje, felizmente ainda temos a agricultura, a exploração predatória das florestas, e diversas outras valorosas ações que constituem-se em grandes esforços, por parte de nossa espécie, para que possamos manter uma razoável vantagem frente a esta grande ameaça que sempre nos está à espreita. Mas é um equilíbrio frágil e no longo prazo possivelmente sucumbiremos à lei natural.
A confirmação desta teoria é relativamente fácil de ser feita. Pode-se observar o fenômeno a partir de um simples e pequeno experimento domiciliar.
Abandone sua casa ou jardim à deriva por um mês. Não permita que ninguém adentre ao ambiente deixando que as forças da natureza ajam de forma completa e espontânea.
Após este período retorne, observe o cenário e anote detalhadamente os achados.
Certamente verá que as plantas terão tomado conta de tudo. Bloquearão os caminhos, emergirão das fissuras do concreto, bloquearão janelas e portas. Cumprirão livremente as etapas de todo o seu ciclo vital formando húmus, podridão e sombra.
São implacáveis e não perderão a oportunidade de exercer seu domínio se assim lhes for permitido.
Após a constatação e o registro dos achados a atitude a ser empreendida tem que ser necessariamente radical.
Estabeleça uma estratégia para enfrentar sem demora e diretamente o inimigo.
Baseado em minha experiência sugiro o seguinte plano de ação:
Numa raiz mais insinuante, golpeie-a com o machado, mas tenha cuidado com seu pé. Um arbusto já fortalecido deve ser posto abaixo com o uso de uma foice, mas observe cuidadosamente se sua mulher não está em silêncio atrás de você. No tapete de gramíneas e daninhas que lhe subiu acima dos joelhos passe a tesoura sem dó nem piedade.
Para tratar de trepadeiras um pouco mais atrevidas, use luvas e arranque-as com as mãos mesmo. Brotos, pequenas touceiras, suculentas, pragas e espinhudas em geral, exigem luvas e um cuturno, pise-as e espalhe-as sem se deixar tocar pelas emoções.
Arremate tudo com um bom cortador de grama, rastele, ensaque e ponha todos os cadáveres para fora de casa.
Na primeira oportunidade que tiver cimente todas as áreas livres de seu quintal. Não se pode permitir a existência de qualquer pequena área que seja de terra desnuda. Lembre-se que a vingança pode vir pelas costas e a qualquer momento.
Agora, caso seja tarde demais e o entrelaçamento das espécies efetivamente tenha conseguido mantê-lo fora de seus antigos domínios. Não hesite, despeje gasolina e ponha fogo em tudo. O sacrifício não será em vão, pois fez o que era preciso e assim poderá dormir tranquilo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Marcos
Proponho uma solução mais ecológica:
Quando eu era criança tive um cabrito que até pneu de carro comia. Tu poderias soltar algum descendente dele neste jardim de horrores. Em uma semana poderias passear neste jardim transformado em deserto com o irritante perfume dos flores substituido pela inebriante catinga de bode (Cuidado com as bolinhas de cocô)

Anônimo disse...

Este bode se chamava , pasme, Leslie. Ganhei do meu vizinho, quando tinha a idade da Laura e quando ele ainda era um cabritinho inocente. Uma vez ele comeu todas as mangueiras de uma máquina de passar veneno na lavoura. Passou uma semana tendo ataques epilépticos.Um vizinho me receitou trata-lo com linhaça descansada em água. Entre um ataque e outro eu enfiava linhaça guela abaixo do Leslie com auxilio de uma garrafa de Pepsi (das de vidro). E ele ficou bom. Acho que eu seria um bom médico...