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...E SE AMANHÃ EU ACORDAR DIFERENTE
30.1.15
Dentre os muitos pactos que fizeram
Nas juras de amor eterno
Combinaram nunca deixar
Um ao outro sem resposta
Agora são obrigados
A fechar janelas e portas
Para que não mais lhes cheguem perguntas
Que hoje soariam absurdas
E destituídas de lógica
29.1.15
Nós
Sós
Sem nossos sóis
Sós
E esquecidos
Sós
Assombrados no sacrifício
Sós
E feridos
Suportando o sofrimento
Só por ter sobrevivido
Só por desejar
Que ainda sobrem sonhos
Capazes de manter batendo
Um coração que terminou só
E que só persiste
Em sangrar
Porque não são suficientes
As muitas suturas e nós
28.1.15
Mostra-me
Tuas barreiras
Teus impedimentos
Eu estudarei o terreno
Acharei fissuras
Teus recessos
Lacunas
E se permitires
Enfiarei meus dedos
Mãos
Corpo inteiro
Arrebentarei paredes
Te ajudanado a sair de vez
Desta clausura
Razão do teu desespero
27.1.15
Quanto mais tempo passa
Mais fácil fica para ela entender
Que tudo o que aconteceu
Serviu principalmente para fazê-la crescer
Foi muito mais que um romance
Como aqueles escritos por seu autor preferido
E que tomada pela inveja costumava ler
Uma deliciosa aventura
Tão inviável
Quanto impossível de esquecer
E hoje, questionando-se sobre o sofrer
Conclui que seria uma pessoa incompleta
Se à época esta grande história de amor
Não se permitisse viver
26.1.15
O livro luxurioso
E permissivo da tua intimidade
É o compêndio sobre o qual
Hoje mais me debruço
E o único que ainda me desperta
Um interesse absoluto
Conforme avanço na idade
Eterno aprendizado
Que me alimenta os instintos
Retoca a cor dos meus pensamentos
Mantém vivos volúpia e desejos
Não deixando que caiam no esquecimento
Os detalhes de nossa audaciosa cumplicidade
23.1.15
Um milhão de vezes
Desisti de te amar
Outro milhão
Me fiz arrepender
Apagam-se as luzes
Nascem os dias
E a vida sempre acha um jeito
De nos pôr em pé outra vez
Tudo passa
Pode até demorar
Eu bem sei
Mas não é preciso
Esquecer um sofrimento
Para que ele pare de doer
22.1.15
Paixão - desconhecida prisão
Estar apaixonado
É estar confinado
Num mesmo sonho
Todos os dias sonhado
Uma ilusória libertação
Um barco à deriva
Num oceano de delícias
Com todo o espaço do mundo para navegar
E não é o barqueiro quem está no timão
Mas quem se apaixona
Com isso não se incomoda
Vivendo cada segundo
Como se estivesse na sua última hora
Só atendendo aos comandos do coração
E não importa o lugar para onde for levado
Estrelas não poderão orientá-lo
Enquanto seus olhos estiverem vendados
Por esta insana obsessão
21.1.15
Meu sexto sentido
Aliado de meu sentimento
Te acompanha os passos
Te mantém na mira
E na possibilidade
De algo te ameaçar
Sempre me avisa
Para que eu tenha tempo
De acelerar o passo
E me colocar pronto para a briga
20.1.15
E pensar que quando romperam
Estavam só no começo
E ainda ferviam
Num caldo de amor intenso
Tinham o universo inteiro
Para descobrirem juntos
Mas precisavam de tempo
Artigo de luxo
Que não conseguiram a contento
Foram atropelados pela vida
E suas lembranças
Tornaram-se em meras fantasias
Mal se conheceram direito
19.1.15
Abro a porta
E por um instante
Na soleira me detenho
Olho para a rua
E nada reconheço
Este não parece ser o mesmo mundo
Que vi em sonhos e pensamentos
Atrás de mim
A porta se fecha com o vento
E a chave ficou pelo lado de dentro
Não há como voltar
Só me resta caminhar
E esperar que o mundo seja redondo de fato
Como me garantiam
Os livros e relatos
16.1.15
Não avaliaram bem as possibilidades
Empenharam esforços
E fizeram crescer um castelo de areia
Pensando durar por toda a eternidade
Mas sabiam desde o início
Que havia o risco das marés
E tantas outras adversidades
Não se defenderam um do outro
Nem por um segundo
Nesta história mergulharam fundo
E hoje pagam caro por um erro primário
Com um sofrimento recíproco
E absurdo
15.1.15
No que a ti se refere
Considerou o trabalho
Encerrado
Depois de te ajudar
Em teu momento mais delicado
Teve sucesso na missão
E isto é inegável
Não precisou que lhe dissessem
Que tornou-se dispensável
Saiu de cena sem exigir explicação
Procurando para atuar
Um outro palco
Com outro cenário
14.1.15
Na cama
Quando o assunto é outro
Que não o sono
Os desejos e sentimentos dos parceiros
Devem ornamentar as bandejas
Para serem servidos de frente
Com todo carinho e delicadeza
Mas se os braços não se alcançam
E encurtar a distância não vale a pena
Antes que surjam novas propostas
E os amantes se deem as costas
É melhor abrir o cardápio
E deixar vir logo a sobremesa
13.1.15
Na cama
Nossos pés
Não ficam parados
Se carecem
Se caçam
Os meus entre os teus
Os teus entre os meus
Se invertem
Alternam alturas
Dedos com dedos
Dedos com calcanhares
Aparecem
Desaparecem
Se entregam
Se misturam
Fogos de artifício
Iluminam o quarto
Até que extenuados
Sossegam-se os fachos
Restando apenas pés
Para o céu apontados
Que alinhados na guarda
Somam quatro
12.1.15
Nunca alegou não gostar
Sem antes conhecer
Quando havia interesse
Fazia questão de provar
Foi assim que desenvolveu
Suas preferências para a vida
E no amor o mais fino paladar
9.1.15
Em tempos de desapego
Esvazio gavetas
Revisito fotos
Souvenirs
Documentos
Mas não consigo me desfazer
Das coisas que te dizem respeito
Ainda preciso deste alento
Acabo retrocedendo
Nossas lembranças
Coloco de novo tudo para dentro
Quem sabe um outro dia
Quem sabe num outro momento
8.1.15
Quisera saber
Se acontece contigo
O mesmo que comigo
Pois ao olhar fixamente
No fundo dos teus olhos
Me vejo facilmente ai dentro
E sinto que estou no melhor dos presídios
Mas não tenho a certeza
De que quando me olhas deste mesmo jeito
Tua imagem consegues enxergar
Ainda que para chamar a tua atenção
Ela se utilize de bandeirolas
Acenos e apitos
7.1.15
Íris
Emolduras
Colores
E de minha pupila
És muro
Protege esta menina
De olho lábil
Volúvel
E as vezes confuso
Que muda o diâmetro
Ajustando luz e foco
Em busca da felicidade
Atendendo aos desígnios do pulso
Que não hesita em ferir inocentes
Mudando trajetórias subitamente
Se acredita que encontrará amor
No final do túnel escuro
Lá mergulha fundo
Sem medir consequências
Mesmo que aconteça de errar
Quando passa por cima de tudo
6.1.15
A vida
Impõe desafios
E mesmo na ausência de planos
Às vezes exige decisões rápidas
Improvisos
Tento me manter nos acertos
E os tenho
Mas não tem jeito
Os erros continuam soberanos
Ainda assim continuo tentando
Aprendendo com meus enganos
E mantendo o movimento
De seguir vivendo
5.1.15
Amor e tabagismo
No meu caso
Não conseguem ser
Eventuais ou recreativos
Sou incapaz disso
Sempre um sujeito susceptível
Propenso a pesados vínculos
Só é capaz de dar
O devido valor à liberdade
Quem um dia já teve um vício
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Preciso no corte para fazer sangrar só o necessário. marcosnogueira@hotmail.com
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