Por que interpretas
minhas palavras
A partir da tua mágoa
Procurando motivos para
me hostilizar
Por agires assim não
posso te culpar
Pois a tristeza que a
insegurança te causa
Pode parecer que nunca
vai terminar
É justificável tanta
rebeldia
Não há quem possa
aguentar no dia a dia
Alguém tão lábil e
nem ao menos reclamar
Admito como sina minhas
idas e vindas
E nos caminhos que
ainda precisarei trilhar
De inúmeros espinhos
não conseguirei escapar
Talvez o tempo que eu
precise seja excessivo
Mas um dia,
sangramentos e lágrimas hão de parar
E o unguento do juízo
a tudo fará cicatrizar
Mas por agora só não
posso aceitar
A ideia de ter sido
truculento e insensível
E teus sentimentos não
tenha conseguido enxergar
Pois não se pode
culpar alguém
Que à luz do pouco
conhecido só quis ajudar
Para que o outro
ficasse bem e pudesse se cuidar
E por fim, gostaria de
outra vez ressaltar
Que se um dia
precisares deste teu velho amigo
Não te atenhas a fatos
tão pequeninos e voltes a me procurar