2.9.14

Pássaros de asas atrofiadas



Que expulsos da gaiola
Se veem desalojados do abrigo

Cárcere cruel e insensato
Que os reteve por tanto tempo

E agora não os quer mais presos
Negando-lhes o antigo ninho

Estão livres
Mas desacostumados de voar

E perdidos
Optam por caminhos distintos

Cada qual tendo que dar conta de si
Assumindo os próprios riscos

Recorrendo às memórias
E redescobrindo-se juntando vestígios

Afinal, queiram ou não
São aves capazes e seres ainda vivos

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