O inverno já dá os últimos passos
E ele precisa terminar seu ninho
As fêmeas clamam por amor
É necessário acasalar
Teima em apanhar pela raiz
Os pezinhos de planta
Que com tanto custo
Em meu quintal tento cultivar
Sabiá, sabiá
Assoberbado passarinho
Entendo a sua natureza
E a urgência em procriar
Como macho solidário
Não me esqueci do amiguinho
Mas por favor leve só o que conseguir
Com o próprio bico carregar
Será o suficiente para que com
jeitinho
Sua nova morada possa edificar
E deixe o que para mim é alimento
Afinal também mereço aproveitar
Mas caso insista
Em todas as verdurinhas arrancar
Deixarei entrar o gato do vizinho
Para esta festa de uma vez fazer acabar
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