Uma gélida planície se abre na tua medade de
cama
E se estende e se estende
Até até atingir os pontos mais remotos do
continente
Um deserto destituído de vida
Em que meus inúmeros braços sobram carentes
Não encontrando algo que os contenham ou contente
E quando na madrugada a temperatura desaba
O sono desobediente me ignora
Pilhas de cobertores
não são suficientes
Maldita a hora em que
te deixei ir embora
Não consigo descansar
se não tenho como me aninhar
No teu corpo macio e
pés sempre tão quentes
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