7.5.14

Retratos de criado-mudo não são espelhos



Não te transformes na sombra
De quem hoje é só reflexo e vive da memória
De um tempo de troféus e glórias

Não entregues de mão beijada teus bens mais preciosos
O querer e a liberdade
Conquistados às custas de tão dolorosas lágrimas

Apaga o abajour
Dá as costas ao passado
E dorme com a consciência tranquila

Vez ou outra pesadelos hão de visitar o teu sono
Mas se permaneceres firme na lida
Fantasmas não mais farão morada em tua casa

Não encontrarão ali conforto
E abandonarão o lugar
Assustados com a tua felicidade

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