Inicia os desenhos
Grafitando contornos
A tudo contorna
Para entender o que
toca
Os relevos quentes do
corpo
Os limites tracejados
das vontades
Só depois usa o acervo
de cores
Para preencher os esboços
Observa tranquilo o
retrato inacabado
Até que uma mão se
estende
Pede-lhe que tire as botas cheias de barro
Que passe pelo jardim das carícias e siga em frente
Esbarrando em girassóis
floridos
Amarelo vivo margeando
o caminho
E já no abrigo da
cabana
Cortinas verdes ao
vento voando
O conforto róseo das
bocas coladas
Línguas se
reconhecendo sem esforço
Colorindo sentimentos
cada dia mais vivos
Sorvendo matizes de um
hálito morno
A leitosa penumbra do
universo amoroso
Rasgada por errantes
pinceladas prateadas
E o degustado gozo de
uma chuva de meteoritos
Em vermelho fogo rumo
ao infinito
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