29.1.14

Orgulho-me deste meu ombro



É a parte do corpo
Por que mais tenho apreço

Mas não por frívola vaidade
E longe de considera-lo perfeito

É que quando estou nu
E me olho no espelho

Não há como não lembrar
Que para tua cabeça serviu de esteio

Porto seguro do início do teu sono
No tempestuoso caminho noite adentro

E que a conduziu protegida
Até o aconchego do teu leito

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