8.1.09

Elegia hirsuta


Por oito anos presente
Profética e soberana
Outros vinte latente
Aprisionada na carne
E dominada pela lâmina

Até que um dia indultada
Deixou sua cela e voltou à luz

Caminhou a esmo sentindo-se perdida
Com as pernas já fracas

Poucos a viram
E sustentam o mito de seu porte vigoroso e selvagem

Mas não esconde a brancura
Estigma do longo período de mordaça
Protesto silencioso
Das experiências não compartilhadas

Sequer hesitou em recolher-se novamente
Não é este o seu tempo
Nem mais ao mundo pertence

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo Marcos

As prisãoes mais tristes são aquelas que nós mesmo construimos e, apesar de termos as chaves não temos coragem de abri-las. Muitas vezes penso que este não é meu mundo e nem meu tempo.O artesão é uma pequena luz que brilha vindo de outro tempo. É como a luz da estrela que hoje vemos e que na realidade não existe mais


Estou de férias em Santa Rosa com a Laura