17.1.09
Crostas de um arroz antigo
(mais uma homenagem para José Paulo Paes)
Somos bichos estranhos
Razão tinha o poeta perneta
Ao cantar
“Mas o que sabe
um homem de outro homem?”
De fato pouco
E nem sequer questão de sabê-lo mais fazemos
Até mesmo o essencial saber recíproco
Entre pai e filho é restrito
Isto reconhecer
Dói ainda mais
Quando vem no exato momento
Em que se sente na mão que segura a alça do caixão
O peso do corpo que ajuda até a cova baixar
Assim
Sem querer ou por não ter alternativa
Me encontro no pensamento
Legado por este sábio da vida vivida
Que sobre tudo que possa ser sentido
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