26.11.08
Minhas uvas, minha musa, eu e o vizinho
Plantei uvas em meu quintal
Ajudou-me minha musa
A intenção era de preservar um pouco o nosso ninho
Abrigando-o do agudo olhar vicinal
Mas hoje
As videiras já caminham muro acima
E começam a formar cercas-vivas
Uma pérgula talvez até em breve eu consiga
Trabalharei duro para que se torne uma vinha
Com uma poda ou duas
Muita conversa e alguma intimidade
Poderei ter a primeira vindima
Sonho com este dia
E me vejo na grama
Sob a sombra das ramas verdinhas
Sorvendo orgulhoso
Um a um os grãos maduros
Destacados dos rechonchudos cachos
Imagino a coloração vinhosa e a doçura suprema
Servidos à boca
Pelas suaves mãos
De minha Vênus provençal
Aprendidos os segredos
Será a vez de me arriscar com as viníferas também
O caminho mais seguro para a sagração
Que mais poderia pedir a Baco este seu humilde devoto?
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2 comentários:
Marcos. Adorei o nome do teu Blog.
Gostei bastante da história da videira. Tu estas lá na primeira estrofe e eu estou vivenciando a quinta.
Legal o rítmo
Legal, Rui
Nossas uvas
Nossas musas
Nossas vidas
Espero que seu Blog não demore!
Abraços
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