É o operário do tempo
Levanta o pó da estrada
Carregando consigo
Sonhos efêmeros
Lamentos silvados
E cantos de felicidade
Versos livres
Vividos daquilo que um diaJá foi o hoje
Fuga para longe
Veículo sem controle
Confronto contínuo
Com os laços da realidade
O amor
É a própria essência do ventoA força que gera o movimento
O sopro que anima
Fogo-fátuo inocente
Que não pode ser cultivado
E se apaga com facilidade
O passado que uniu
Também é capaz de afastarPáginas escritas com lágrimas
Engessam lembranças
Estão fincadas em outro terreno
Não reconhecem mudanças
Acabam míopes frente a uma nova verdade
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