30.6.14

Amores superlativos



São instáveis
Fontes inesgotáveis de desgaste

Afogam-se em sentimentos extremos
E toda sorte de conflitos voláteis

Do tudo ao nada
Quase que num mesmo minuto

Quando está no ápice
Como obra do Divino

“O mais feliz dos mortais”
É como se sente o cretino

Mas logo no momento seguinte
E até por motivo ínfimo

Se pode encontrar o paspalho
Já lambendo o fundo do abismo

Interrogando a si mesmo e cavando
Com as próprias mãos em direção ao Sinistro:

“Porque sempre eu?
O que fiz de errado para merecer isso?”

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