Hoje acordei mais cedo
E com saudades do que nunca fizemos
Não tivemos tempo
De um caminhar descontraído
E com saudades do que nunca fizemos
Não tivemos tempo
De um caminhar descontraído
Pelas ruas do bairro
Numa manhã de domingo
De colher uma fruta no pé
E comer na hora
Lambuzando bocas e dedos
De um abraço apertado
Tendo certeza da ajuda
Ao encarar lá de dentro todo o medo
Da certeza da cumplicidade
E do companheirismo
Ao surgir a coragem de expor os conflitos
De falar de amor
Não tendo vergonha das fragilidades
Desse nosso ser masculino
Ou quem sabe
Apenas sentar lado a lado
Num banco de praça
Ficando em silêncio
Com o olhar atendo
Acompanhando a passarada
Achando lindo
Ou achando graça
No povo que passa
Respirando fundo a brisa fresca
Tentando adivinhar os cheiros bons
Que escapam das casas
Pensamento livre, coração leve
E os pés descalços
Na grama molhada
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