8.2.19
A criatura
Cujo ventre recusou o amor
Não pode ser despertada
Por certos elementos
Que lhe dariam autonomia
Para trabalhar prazer e dor
Acaba resultando
Num boneco de pano
De olhar paralisado
Perdido e esvaziado
Desfalecido num canto
Que para responder
Às questões do ser
Precisa de um ventríloquo
Que lhe dê vida com a mão
E voz disfarçando a respiração
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