7.8.18

Cada vez que um pobre morre


É um pobre a menos
Mas também é um pobre a mais
É mais um pobre que morre

Da África para a Europa
Morrem tentando atravessar
E morrem aos milhares

Humanos incógnitos
Abandonam tudo
Fugindo da guerra e da fome

Aqui não é diferente
A guerra no campo e nas cidades
Mata legiões de seres frágeis

Assim as diferenças se intensificam
E as fronteiras que deveriam ser só culturais
Tornam-se mais econômicas e políticas

Cada vez que um pobre morre
Quem morre um pouco mais
É a humanidade

E quanto mais morre a humanidade
O humano fica mais pobre em sua diversidade
Fica mais pobre em sua dignidade

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