17.7.18
Não vejo mais
No teu olhar
A delicadeza que tando me fascinou
Nos dias que não têm como voltar
A chama acesa do amor
A vontade de se doar
O sorriso fácil e sem dor
O abraço pra aquecer e abrigar
O solo se desgastou
A terra de tão seca rachou
E agora temo
Que tenhas sido
Brutalizada pelo tempo
Pois não encontro em ti
As sementes que reservamos para plantar
E se não as temos
E não nos ajuda o terreno
Tudo o que podemos cultivar
É o frio
O silêncio
A sede da indiferença
E a fome de amar
O sol já está se pondo
Não há porque esperar
Por isso com bolhas nas mãos
As pálpebras pesando
E as ferramentas nos ombros
Carregado de tristezas
Prefiro me afastar
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