6.6.18
No jardim das belezas
A Hortência
Pôs fim à própria existência
Não quis mais saber de nada
A Margarida
Também desistiu da vida
Alegou não aguentar nem um dia depois de abandonada
A Rosa
Mergulhou numa depressão profunda, quase catastrófica
Mas felizmente em tempo foi ajudada
A Iris
Adicta numa numa abstinência ingrata
Convulsionou, delirou e acabou internada
A Tulipa
Em ponto de bala, não ouvia nada
Para se acalmar precisou ser imobilizada
A Dália
Quase pulando da ponte
Teve que ser contida e medicada
As flores já não são mais as mesmas
Querem ser vistas além das aparências
Amar e ser amadas
Mas quando colocam isso como exigência
Descobrem a crueldade da existência do pouco
Ou até mesmo do nada
Aí desabam vencidas
E inconformadas veem murchar uma a uma
Antigas certezas acumuladas
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