16.5.18
Chovem palavras
Nas goteiras do meu pensamento
Recolha-as em panelas, canecas, baldes
E quando a tempestade passa
Espero que se acalmem, sedimentem
E só aí corro pra ver o que caiu lá dentro
Com a mão mesmo
Vou separando uma a uma
E as empilho
Fazendo arranjos
Que elas mesmas vão me ditando
Ideias confusas vão ficando claras
Alguns conjuntos começam
A ter novos coloridos
E é assim que acontece pra mim
A magia da multiplicação dos sentidos
É incrível pensar
Que mesmo antes da chuva
Tudo já estava lá
E que me coube apenas a deliciosa tarefa
De encontrar para cada uma um lugar
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