20.8.14

Te quero



Tanto no território das verdades
Quanto no da poesia
Corpo e espírito
Numa só sintonia

No das verdades
Moldo tua anatomia na minha
Enchendo as mãos
Com tuas carnes fartas e magníficas

Repletando minhas papilas na tua pele macia
Ou quando me sopras na boca
Um hálito despudorado e quente
E eu voluntariamente possa cair nas tuas armadilhas

E assim seguimos a cartilha
Em que macho e fêmea em sincronia
Respeitam os mandamentos do corpo
Atendendo necessidades recíprocas

Conjunção para o amor e o prazer
Descoberta de nossas naturezas
Combustível para um pleno viver
Fonte de encantamento e beleza

No território da poesia
Te visto e desvisto a fantasia
Galopamos velozes pela enevoada campina
Em busca do pote de ouro no fim da trilha

Astronautas conduzindo a nave
Orbitando as verdades numa distância segura
Com poderes para enxergar nas sombras
Sem choques com a realidade

Dimensões especulares e harmônicas
Próximas e indissociáveis
Essenciais em nossas vidas
Ligadas porém autônomas

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