28.11.13

Dou um nó no rabo do diabo



E saio correndo
Enquanto há tempo

Me esquivo da onça
Lendo nos olhos dela o pensamento

Me antecipo ao bote da cobra
E com o meu porrete quebro sua coluna ao meio

Desvio das garras do dragão
E com um só golpe do facão voam cabeça e membros

Chego tarde em casa
Com bafo forte de cachaça

E apesar da esperteza e da coragem
Das histórias contadas com tanta graça
 
Sou puxado pela orelha
Obrigado a jantar comida fria

E ainda a cumprir o castigo
De lavar a louça suja

Que se acumulou na pia
Sem direito a sobremesa

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